Um porre de quase nada

18:22 Phelipe Malek 0 Comentarios

A historia a seguir é apenas a minha vida, totalmente surreal e um porre rotineiro.



Eu não sei bem o por que de eu ter saído uma hora e meia antes do evento começar. Eu não suportava mais ficar dentro de casa, mesmo não sendo realmente na minha casa, e sim na casa da minha avó onde passarei a noite. Ou pelo menos uma parte dela. Eu estava cansado de me sentir preso na liberdade. Véspera de carnaval e todos saindo, eu precisava fugir da rotina. Mas agora estou aqui sentado enfrente a boate esperando ela abrir pro evento de hoje, eu sai antes do evento começar e nem vi o horário do mesmo. Acho que abrira as dez e meia da noite, o bom é que só falta quarenta minutos.

Agora eu estava divido pelo espelho, uma parte de mim era auto-destrutiva e a outra auto-conservadora. Eu estava tranquilamente bebendo com meus amigos nessa noite, conversando enquanto jogava uma sinuca, havia apenas seis pessoas na boate. Não da pra competir com o Carnaval!

Era melhor estar ali do que no meio das outras pessoas lá fora, festejando Carnaval  Estava tudo indo muito bem nesse dia, chegou mais um amigo nosso depois, ficamos bebendo e conversando, um leve som tocando ao fundo. Ficamos nisso até as três da manha. Mas teria sido melhor apenas uma garrafa de Whisky se eu quisesse dor de cabeça. A boate fechou e eu fui com o amigo que havia chegado por ultimo pra um local infelizmente de Carnaval, não fiquei muito tempo, tomei duas cervejas e fui pra casa e procurei me manter o mais longe da multidão possível  Ao chegar em casa minha tia que havia chegado umas meia hora antes, tirou a chave do esconderijo onde minha avó costuma deixar. Por sorte minha tia acordou e viu que eu estava no portão. Entrei, troquei de roupa e fui dormir, estava cansado e preocupado com o que minha namorada iria dizer no dia seguinte. Ela estava quieta demais e se mostrando não muito preocupada. Ela é evangélica.

Acordei e fui tomar um banho, ao sair fui olhar meu Facebook como de costume, tudo normal e calmo até agora, ela estava vindo me encontrar. Disse que queria conversar comigo, já não gostei quando ela disse isso. E pra piorar, estar com sete amigos bebendo, conversando e jogando sinuca me caracteriza como errado. Eu não vou falar muito sobre isso. O que importa é que se eu sair no Carnaval perco minha namorada. E o engraçado é que amo ela. Porém me sinto um pouco preso, sempre sai com meus amigos, quebrar a rotina as vezes, não é sempre, mas é preciso.

Minha vida é essa, a rotina do "fazer nada" me persegue e gruda em mim feito carrapato, é estranho quando você é o único que tem sua vida puxada pra baixo por você mesmo. Como um porre que você decide tomar.

0 comentários: