Marcos: Um tiro, um pesadelo
A historia desse personagem pode ser
contada por ele mesmo, por que ele tem um diário que reler todo
dia, enquanto toma seu café e relaxa na cadeira.
“Eu
estou debruçado
sobre a grade
da
sacada, observando aquela cidade vazia lá em baixo, vendo as pessoas
correrem para suas fortalezas de pedra, outras fugindo da realidade e
alguns se prendendo a ela ao ponto de matá-las.
Eu
me viro e lá está ela, deitada na cama enrolada aos lençóis
depois de uma foda enquanto um delicioso Marlboro
vermelho está sendo tragado, solto a fumaça e ela levemente se
levanta, segurando os lençóis
enquanto me procurava, ela olha para
sacada e me vê, estou somente com uma cueca box
vestida enquanto termino meu cigarro, ela consegue me enxergar e se
levanta delicadamente, caminha até mim em passos lentos, eu me viro
novamente e volto a observar a cidade vazia, eu estava com a mente um
pouco atordoada e sabia que teria que voltar lá para
baixo mais cedo ou mais tarde. Em um suspiro profundo solto uma
palavrão de tanta raiva.
-
O que foi? - perguntou ela enquanto me abraçava por trás e beijava
minhas costas.
-
Não é nada demais. - me viro para abraça-lá.
-
Eu sei que tem algo te incomodando. - ela pegou o cigarro dos meus
dedos, e levou sutilmente aos lábios
dela e soltou a fumaça, era estranho como até isso nela me
excitava, eu me segurava para não ficar de pênis ereto.
-
Desculpa, eu esqueci de te avisar. - disse ela olhando em meus olhos
enquanto segurava o cigarro em uma mão e os lençóis
em outra. - Sei que já ficamos umas duas vezes, somos melhores
amigos a bastante tempo, mas não aconteceu nada entre a gente ontem.
-
Bem, pensei que tivesse acontecido alguma coisa, para estar desse
jeito.
-
Você me conhece, sabe que gosto de dormir assim. - ela tragou o
cigarro novamente e jogou a guimba lá em
baixo.
-
Você me fez ficar preocupado. -
peguei ela pela cintura e a colei em mim.
-
Que isso Marcos, não vou ficar com você de novo. - ela tentou se
afastar de mim.
-
Eu sei que nas duas vezes que ficamos, você gostou e queria mais.
-
Está blefando. - ela encostou mais em mim conforme eu a puxava, pude
sentir que estava ficando molhada com a minha pegada. - Marcos por
favor não faz isso.
-
Por que eu devo parar agora? - perguntei enquanto beijava seu
pescoço.
-
Você sabe muito bem o por que, a Marcela não ia gostar de saber
disso. - eu sabia que ela não ia querer parar, ela já teria
conseguido sair dos meus braços.
Ela
podia ser mais baixa que eu, mas eu era mais forte, mesmo tendo os
braços finos e sendo magro.
-
Por
favor termine logo isso Marcos, faça com que eu não me arrependa.
A
peguei no colo e levei de volta para a cama, o lençol já havia
caído e ela estava completamente nua na minha cama, deitada enquanto
eu beijava seu corpo maravilhoso, seus bustos era de um tamanho
considerável, ela era magra, morena e tinha um rosto de bebe, sua
voz fina e doce, tornava-se extremamente sensual e enquanto eu a
chupava, o seu gemido me causava arrepios que eu não conseguia
descrever. Somos melhores amigos e agora extremamente íntimos.
Eu
tinha a dominação de seu corpo na palma da minha mão, penetrava
nela com cuidado para não machucar, fazia tudo lentamente para se
tornar proveitoso, enquanto eu a beijava e passava a mão em sua
perna, ela quis mudar de posição e se tornar dominadora agora. Veio
para cima de mim e enquanto mexia gostosamente, gemia em meu ouvido
me levando a loucura. Algumas horas depois estávamos nós dois
caídos e deitados na cama, sentei, acendi um cigarro e fiquei
observando enquanto ela dormia completamente nua na minha frente, ela
era um anjo. Terminei de fumar e joguei a guimba no cinzeiro, deitei
e dormir ao lado dela.
Quando
acordei parece que a desgraça veio até mim em forma de pesadelo, a
morte era silenciosa, ela estava morta ao meu lado. Eu não sabia
como e nem o por quê. Mas ela morreu e eu falhei na promessa que fiz
a ela há muitos anos. Eu não pude protege-lá. Eu falhei. “
Para
Marcos, essa foi o melhor dia da sua vida com ela, sua melhor amiga,
a mulher perfeita e talvez a única paixão de Marcos até hoje.
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