Conturbação: Primeira Parte
Bruno, garoto comum de uma cidade pequena, cabelo curto e arrepiado, olhos azuis e estatura mediana, vive em meio a uma pequena sociedade que ele não gosta muito de se envolver, prefere ficar sossegado no seu canto pronto a conhecer novas pessoas por meio da internet, com um passado intrigante em meio à tormentos de uma vida conturbada pela relação de seus pais. Bruno de apenas dezoito anos vive a procura de carinho mesmo que já tenha uma namorada, que por sinal consegue ser totalmente incompreensível, insensível e vive apenas para sustentar o seu ego.
Procurando satisfazer o vazio de sua vida que sua namorada não conseguiu preencher, ele conhece uma jovem pela internet chamada Vanessa, estranhamente ela é o tipo de garota que deixa ele sorridente, uma garota que consegue ser fria e fofa ao mesmo tempo, algo estranho para alguns, mas bem comum para Bruno, ele deu um apelido tanto um pouco estranho para ela, estranhamente desde que isso surgiu em sua mente ele a chamava de Pigmeu.
Isso veio a partir do momento que Bruno olhou para o cabelo vermelho dela, aparentemente ela gosta de ser chamada assim, mesmo sem demonstrar muito, os dois diariamente debatem assuntos que vão desde à "RPG online" até "Ficção Cientifica", algo estranho de se conversar no dia a dia, mas que fazem os dois se sentirem bem, Vanessa também tem namorado, mas a relação deles é um tanto fria, mesmo ela mostrando para alguns que não é, Bruno percebe as coisas rápido, depois de um encontro entre Bruno e Vanessa no aniversario de Bruno, eles foram se apegando mais, eu diria o bastante para que Bruno fosse esquecendo de si mesmo e passando a lembrar mais de Vanessa e seu jeito encantador.
Um certo dia, eles decidem fazer uma coisa tanto incomum, fazer Miojo como janta na casa de Bruno, algo que os dois gostavam bastante, só que ela queria ir com o namorado, mas ele acabou não podendo ir e nem a namorada de Bruno pode comparecer, eles jantaram, e quando Vanessa percebeu já era tarde e ela precisava ir embora, porém teria que ir sozinha e estava com medo, Bruno se ofereceu e a levou até em casa, no caminho da estrada até a casa de Vanessa os dois foram conversando.
- Acredite, a bomba atômica foi inventada por um brasileiro, que curiosamente vivia na Alemanha e depois foi capturado pelos americanos desenvolvendo o Projeto Manhattan, que na realidade era pra atacar a Alemanha, mas por causa do ataque do Japão a Pearl Habor num momento de desleixo dos americanos, os EUA atacou Hiroshima como vingança. - contou Bruno a ela.
- Caramba, como sabe disso tudo? - perguntou ela encantada.
- Digamos que sou fascinado por historia. - respondeu Bruno.
Eles foram conversando até chegar no portão de Vanessa na ultima rua do lugar onde ela mora.
- Então é aqui que a gente se despede eu acho. - disse Bruno tristemente.
- Se despedir? Acho que não, está tarde, por que não fica por aqui? - perguntou ela.
- Acha que devo? - perguntou Bruno se aproximando dela.
- Está tarde, fica comigo hoje, não quero que tenha o risco de lhe acontecer algo por ai. - respondeu ela.
Então eles entraram e Vanessa preparou um lugar para Bruno dormir, os dois ficaram deitados, Vanessa em seu quarto e Bruno no sofá da sala, a mãe de Vanessa não se importou tanto.
Bruno pensava que aquilo não significaria nada além de amizade, por mais que isso fosse estranho pra ele, dormi na casa de alguém que viu poucas vezes? Isso era desconfortável demais para ele, porém tentou pegar no sono.
Enquanto isso Vanessa estava deitada na cama pensando se fez certo em convida-ló para dormi em sua casa, ela se pegava pensando em seu namorado, mas ela não se importava muito, havia alguém deitado no sofá da sala que se importava com ela, que parou tudo, saiu do outro lado da cidade para levar ela em casa, enquanto seu namorado não mexia um músculo para ir velá, não conseguindo dormir ela saiu da cama e foi na cozinha tomar uma água, ao acender a luz, Bruno percebeu que ela estava na cozinha e então foi até ela dando a desculpa de que queria beber uma água também.
- Não consegue dormir? - perguntou Bruno para ela enquanto apenas estava sentado a mesa pensando se deveria ter ligado para sua namorada.
- Não, estou presa em meus pensamentos. - respondeu ela ainda pensando se fez certo em chama-lo para dormir em sua casa.
- E o que tanto pensa? Já que não tenho poderes para ler sua mente. - perguntou Bruno enquanto pensava que sua namorada não se importaria tanto se ele ligasse ou não.
- Acho que você não gostaria de saber, são pensamentos estranhos, incertos. - respondeu Vanessa achando que não teria importância se fosse só essa noite.
- As vezes perco noites sem saber bem no que estou pensando, quando eu vejo, a noite já acabou e o pensamento nem se desfez da minha mente ainda. - disse Bruno.
- As vezes fico mais acordada querendo um carinho, um abraço, alguém para amar de verdade e não somente por amar. - disse ela de cabeça baixa.
- Então compartilhamos do mesmo sentimento. - disse Bruno enquanto se dirigia a porta da cozinha para voltar para o sofá.
Bruno voltou para o sofá, deitou-se e como estava bastante calor, ele não se cobriu e ficou ali apenas olhando para o alto, voltando a um passado que agora era estranho para ele, parecia que suas memorias estavam em um universo paralelo só por ser totalmente diferente da realidade cruel que vivemos.
Bruno voltou agora a quando tinha apenas seis anos, era um jovem garoto com problemas, seus pais brigando diante dos seus olhos, xingando, seu pai batendo em sua mãe, não aguentava o que via, se escondia agora ali no canto do seu quarto enquanto seu pai xingava e batia em sua mãe e a estuprava todas as noites, algo para traumatizar uma criança a vida inteira, e toda vez que isso acontecia, ele rezava para que Deus o ajudasse, mas enquanto crescia ele viu que Deus não respondia, nada pra ele fazia sentido.
- Bruno, será que posso dormi aqui com você? - perguntou Vanessa agora em cima dele.
Bruno se sentiu muito sem graça, não sabia o que responder, simplesmente olhou para seus olhos castanhos, passou a mão em seu cabelo e a abraçou.
Meu Bom Amigo Entendo Os Personagens e Suas Metáforas a Historia Compreendo a Lúdica Ideia de Deus e a Dor Linda o Amor Compreendo Do Ti
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