Televisão a cores

05:55 Phelipe Malek 0 Comentarios



Eu não sei por que, mas anda tudo tão imperfeito ultimamente, é como se eu estivesse vivendo em uma televisão sem cor, os sons distorcidos confundindo minha cabeça. Acho que eu já ouvi o suficiente.

Minhas fotografias andam perdendo a nitidez, o brilho se perdendo pelos meus devaneios  o engraçado é que eu escrevo como se isso fosse mudar alguma coisa, meu café continua esfriando. E a minha vida se tornando um imenso vazio gritante, deixar um espinho torturar você é humilhante. Não se pode descarregar uma arma usando uma bala.

E eu costumo sentar nos cantos, ler um livro e distrair esses pensamentos, deve ser por isso que no final me entrego a mais dois trago em um cigarro, ou com melancolia dois cigarro em um trago. Melhor esquecer, suicídio não resolve nada. Preciso virar as cartas como um experiente jogador de Poker, ter sempre um Joker na manga e saber o momento certo de usa-lo. Quebrar regras é bem o meu estilo, ou talvez quase isso.

Cinco e trinta e quatro da manha e aqui estou eu, falando besteiras enquanto espero a hora certa de ir pro trabalho, minha única felicidade no momento é ter conseguido esse trabalho. Chega de falar merdas por hoje, o café frio me espera. O frio se remete a minha vida e o pior é ver tudo congelado. Talvez enquanto eu trague um cigarro amanha eu esquente o insensível e pessimista que vive em mim.

Minha vida é como uma historia em quadrinhos, porém a cada página tem um quadro a menos, e no fim tudo se resumo a uma pequena caixinha no canto onde eles te prendem ali, e como você escapa?

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