Conturbação: Terceira parte

05:15 Phelipe Malek 1 Comentarios



Algumas semanas após Vanessa ter terminado o namoro e Bruno também, ele resolve fazer uma viagem com Vanessa para uma pequena cidade, apenas para fugir um pouco da rotina do lugar onde moram, Bruno pega o carro do pai emprestado, um Ford 88 reformado, eles estavam em uma estrada tranquila e vazia, faltando cinquenta quilômetros até a cidade pra onde estavam indo.
- Você acha que essa viagem vai fazer bem pra nós dois? - perguntou Vanessa.
- Claro que vai, muitas coisas boas podem acontecer. - respondeu Bruno.
- É que eu não sei ao certo, ando com uns pressentimentos ruins. - disse Vanessa.
- Em relação ao que? - perguntou Bruno.
- A essa viagem, as coisas que podem acontecer, tanto lá como aqui. - respondeu Vanessa.
- Nada vai acontecer minha Pigmeu, eu prometo. - disse Bruno e sorriu, parou o carro no acostamento por sentir seu celular vibrar.
- O que houve? - perguntou Vanessa assustada.
- To ouvindo um barulho estranho na mala, vou verificar. - respondeu Bruno se retirando do carro e indo até a mala.

Abriu a mala, disfarçou e atendeu o celular, era alguém que ele não esperava que ligasse agora.
- Diga rápido. - disse Bruno.
- Está tudo preparado já. - disse a pessoa do outro lado da linha.
- Tem certeza que isso não vai dar problema? - perguntou Bruno passando a mão na cabeça.
- Que problema Bruno? - perguntou Vanessa.
- Da hospedagem do hotel. - respondeu Bruno desligando o celular.
- Ah sim, algo errado com o porta-malas? - perguntou Vanessa.
- Não, foi impressão minha, vamos voltar pro carro. - respondeu Bruno e fechou o porta-malas voltando ao volante e continuando a dirigir.

Assim que chegaram a cidade, Bruno passou em um mercado pra comprar algumas coisas, Vanessa foi escolher algumas coisas e Bruno foi escolher outras coisas pra levar pra casa que eles alugaram, Vanessa estava sentindo uma sensação estranha, queria ficar antenada as noticias como de costume, Vanessa adora isso, então compra um jornal local pra ler depois, ao entrar no carro, começou a ler o jornal, de cara uma noticia estranha que a deixou mais preocupada ainda lhe rouba a atenção, dois assassinatos chocaram a população nos últimos meses.

Bruno notou o espanto dela, parou na garagem da casa alugada, descarregou as compras e foram pra dentro, casa perfeita e um pouco afastada da cidade, o que Vanessa achou um pouco estranho,
- Por que nossa casa é um pouco afastada das outras? - perguntou Vanessa curiosa.
- Não quero ser incomodado pelas pessoas, quero ficar com você em paz, as pessoas brigam, fazem merda nas ruas, colocam som alto. Aqui pelo menos é silencio. - respondeu Bruno deixando-a mais tranquilo.
- O que vamos fazer hoje? - perguntou ela animada enquanto iam pra sala.
- O que sua mãe não deixa a gente fazer. - respondeu Bruno sentando-se no sofá.
- Eba, vamos ver filmes, comer pipoca, fazer chocolate e depois deitarmos na grama do jardim para olhar as estrelas. - disse Vanessa feliz.
- Claro minha pigmeu. - disse Bruno que logo depois deu lhe um beijo longo.

Eles viram muitos filmes tantos românticos ao gosto de Vanessa como alguns de ação de Bruno, enquanto assistiam "Dragão Vermelho", ela dormiu nos braços de Bruno. Ela teve um pesadelo terrível de que estava sendo torturada e estrupada por Bruno e soltou um berro.
- Pigmeu, o que foi? - perguntou Bruno.
- Não sei, esses sonhos ruins andam me perseguindo a tempos. - respondeu ela.
- Calma vai ficar tudo bem. - disse Bruno abraçando ela.

Já estava de noite, enquanto se abraçavam, a luz acabou, ela agarrou Bruno com medo e por ter levado um susto, então ouviu-se um barulho na cozinha que a deixou com mais medo.
- Me protege Bruno, tem alguém na casa. - disse ela com medo.
- Fica aqui, parada, vou ver o que foi isso. - disse Bruno.

Assim que ele foi, alguém se aproximou de Vanessa por trás e a desmaiou. Quando Vanessa acordou estava amarrada em uma cadeira, em um lugar escuro, somente com uma pequena lampada fraca criando um pouco de luz,  Bruno parado a sua frente como se a olhasse desejando-a, mas sem poder toca-lá.
- O que ta acontecendo? - perguntou Vanessa assustada.

Bruno olhou para ela, apenas olhava sem fazer nada, estava tudo quase perfeito pra ele, a situação, o jeito dela, mas sem se dar conta, Vanessa não reparou que suas roupas estavam rasgadas, seu rosto com vários cortes, e seus peitos de fora, só se deu conta de tudo realmente quando sua euforia fez seu corpo suar e as feridas arderem, agora ela ficou completamente com medo, sentindo a presença de mais alguém se aproximar atrás dela, colocou a mão em seus ombros, Vanessa chorava e podia ver que a pessoa usava um anel de caveira no dedo indicador, ela estava com medo de olhar pra trás.

- Então, demorou três meses para me trazer ela, observou que ela era seu tipo perfeito, não é mesmo? - perguntou o tal homem que tinha um voz grossa.
- Foram três longos meses que valeram a pena. - respondeu Bruno enquanto sorria e observava seu desespero.
- Sua vida conturbada agora vai ter fim Bruno. - disse o homem.
- Antes que a possa levar, quero me divertir mais um pouco. - disse Bruno enquanto segurava o queixo de Vanessa.
- E o que quer fazer com ela? - perguntou o homem curioso.
- Brincar de crucificação. - respondeu Bruno passando a mão nas pernas dela.
- Brincadeira perigosa, não a machuque tanto. - disse o homem se retirando.
- Como pode fazer isso Bruno? - perguntou Vanessa ainda assustada.
- Não tenho culpa se você é meu tipo de vitima favorita. Doce e frágil. - respondeu Bruno enquanto desamarrava ela da cadeira.

Continua...

Um comentário: