Apenas por um dia
Era pra ser mais um dia comum. Acordar, tomar um banho, me arrumar e ir trabalhar, mas acho que deixei tudo de lado por um pouco de conforto, faltei meu trabalho para ir rumo a lugar nenhum, desbravar o desconhecido que nunca tive tempo de conhecer. Resolvi passar por Tóquio, Paris, Veneza, Nova Zelândia, até mesmo por Nova York. Embora eu nunca estive nesses lugares, eu voava por cima deles como se minha mente fosse o infinito e os sonhos proporcionassem o vácuo necessário para sair do chão. A gravidade não existia, era somente eu e o mundo levitando pelos meus sonhos e parecia que conquista-los seria impossível. Acordei no dia seguinte para a mesma rotina, desta vez eu não resolvi fugir dela, a encarei, de uma forma fria, era diferente estar livre num dia e no outro, estar tão preso a está vida que ela parece estar se esvaindo do meu corpo. Ainda à quem pergunte "por que as pessoas fumam?", ou "por que as pessoas bebem?". As vezes a resposta é tão óbvia.
Acendi meu cigarro no fim do dia, isso ajuda os problemas à irem embora, ajuda o mundo a ficar mais calmo, faz com que morramos devagar, para que possamos realizar nossos sonhos, e quem sabe assim, paremos de nos matar. Porém os sonhos são tão impossíveis para alguns, que as pessoas morrem sem realizar nada, e só deixam para trás o peso das lembranças que criaram, dos problemas que causaram. As pessoas morrem por tornarem tudo tão difícil. Se as pessoas pudessem voar para seus sonhos, tudo seria diferente.
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