Primeiro emprego e o de sempre
Eu ando desnorteado demais para ter um tempo para mim. Ando com dias exaustivos e produtivos, longe dessa monotonia da Internet. Porém o cansaço anda me desviando dos meus princípios, e ando meio confuso e triste em relação a isso. Olho a todo instante feito um maniaco para a tela do celular, esperando o maldito e-mail da editora chegar e nada dele chegar, enlouqueço como os normais não enlouqueceriam. Torno a pensar na exaustão dos meus dias e em suas recompensas maravilhosas que proporcionam uma certa sensação de alívio dentro de mim. Equilibrando meu desespero junto ao orgulho de mim mesmo. Enxergo em proporções mínimas a chance para alcançar o alavacamento do sucesso. Tornar-se bem sucedido não é fácil. Após tanta reflexão, percebo que a monotonia sempre será rotina, e se não for por uma coisa será por outra. Acho que esse meu primeiro emprego tem me feito bem, tem me deixando com orgulho de mim mesmo e está me mostrando que por mais que seja exaustivo, as recompensas são boas.
Mas como nada é feliz o bastante. Ainda à aquelas pessoas que implicam com minha vida. O triste é saber que essa pessoa é minha própria mãe. E que de certa forma eu não deveria debater. Isso acaba tornando a monotonia de sempre, pior. Pelo menos agora eu tenho as minhas coisas com o meu dinheiro e ninguém pode me julgar.
Mas tenho certos medos desesperadores, tenho medo de estar dando gritos no escuro novamente, medo de cair do precipício novamente, de uma hora eu cair e não ter forças pra levantar e de no fim nada ter feito sentido. De Ela me largar a qualquer momento por qualquer motivo. Tenho medos infinitos e imortais, mas caminho pedra sobre pedra até chegar ao meu objetivo. E se tudo der certo, me casarei, lançarei meu livro. Vou melhorar e voltar a postar frequentemente no blog e comprar minhas coisas com meu dinheiro suado. Mas do que já estou comprando. E calar a boca de muita gente.
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