Querida, insônia.
Abaixo são pequenas frases e textos que escrevi durante a madrugada, boa leitura.
“É
tempo de eu amadurecer, eu sei. Assim como pequenas frutas, eu espero
não fazer o contrário.”
“Eu
tenho um monte de coisas pra fazer, pra dizer. Tenho muitas horas pra
dormir, pra sonhar, acreditar e ser feliz. Porém eu desperdiço tudo
em palavras, frases ou textos que não condiz com o que eu realmente
queria fazer. Eu nem sei mais o que quero fazer, o que quero ser, o
que serei? O que farei? Eu odeio não saber responder sobre mim
mesmo.”
“Acho
que você nunca deveria dizer nada, nem pronunciar nada sobre o que
sente... Peça uísque, corra, fuja, seja o covarde que todos dirão
que você é. Ao menos você não vai sofrer pelas consequências se
tivesse dito.”
“Ih
é assim que digo boa noite, porém lhe desejo bom dia. Eu inverto os
horários, pra mim já virou rotina, necessidade e estilo de vida,
viver nas madrugadas e esquecer a luz do sol maravilhoso que brilha
lá fora e eu nem se quer sinto.”
“Foram
um, dois, três tragos... Até eu mandar um pouco do que me atormenta
pro espaço, e adiantar em passos a minha ida também.”
“E
eu parei em um bar, sentei-me no balcão e fiquei observando tantas
vidas gastas, cansadas, algumas em fase de despedida, outras
espatifadas, era tudo tão ruim que pedi ao garçom outro gole de
vida.”
“E
que nos esbarremos em esquinas, avenidas, bares, fossas, doses,
tragos e outras vidas. Continuamos a percorrer a estrada da vida, mas
se parar no meio do caminho me avise, talvez você possa me fazer
companhia.”
“Talvez
eu já tenha dito tudo, talvez eu tenha dito nada, eu não sei... Só
sei que me despeço da solitária madrugada, o barulho da vida já
começou, dormir ao som dos galos e daqui a pouco acordar com meu
despertador, eu nem sei se durmo ou continuo a ver o nascer do sol...
Acho que dormirei, minha mente precisa descansar, se ajeitar, antes
que eu exploda de tantos pensamentos, repúdios, e ódio guardado
aqui dentro, isso tudo é totalmente inaceitável para eu me manter
acordado.”
“Porém,
agora sobretudo, eu realmente não sei o que escrever, não sei o que
dizer, são pequenos dilemas que eu nunca presenciei, por mais que eu
nunca tenha passado por isso. Agora eu enfrento um fim de madrugada
frio, a insônia se despedindo, meu café frio e o maço de cigarro
vazio.”
“E
será que ainda não percebeu? Essa sua forma de ajeitar o cabelo, de
me olhar, essas suas caretas quando estou a lhe encarar. São
pequenas partes do que costumo guarda pra sempre nessa minha memoria,
porém ainda acho incrível você não ter percebido, não ter visto
que a cada olhar que lhe dou, eu estou tentando ver o que se passa
dentro de você. Tu és meu doce mistério, um amor que levo comigo e
espero nunca se espatifar... Seja com cama ou sem cama, eu só quero
te amar.”
“Ando
indescritivelmente intrigado com tudo isso, essa forma das pessoas
agirem, de serem quadradas ao ponto de nem o mundo ser redondo para
essas pessoas, da forma que elas agem parece que eu estou errado em
relação a tudo... Quem diria eu estar errado? Sou conhecedor de
segredos inabaláveis, só não enlouqueci ainda por entender alguns
quadrados. Porém ando meio fatigado de procuras inúteis.”
“Parece
que isso virou uma rotina indestrutível. Isso nunca se desfaz, são
trilhões de pensamentos e eu não consigo lidar com nenhum, eu diria
que não sei lidar nem comigo. Só recuperarei o sono que a vida me
tirou, quando o cigarro curar as feridas que nunca cicatrizou.”
“E
eu continuo a escrever, madrugada após madrugada sobre muitas coisas
e ao mesmo tempo sobre nada. Como segundas-feiras chatas, aonde eu só
sinto falta da minha garrafa que o final de semana levou.”
“Não
tem bebida mais forte que sustente seu medo, que cure sua perda, que
te faça feliz, o nome disso é cigarro, em alguns anos ele te cura
pra sempre.”
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